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Crônicas & Artigos

em 16/01/15

Ninhal

por Antonio Penteado Mendonça

São Paulo deve ser dos maiores ninhais do mundo. Aqui vivem e procriam centenas de tipos de aves, das mais comuns às mais raras, como rolinhas fogo-apagou, almas de gato, pombas do mato, gaviões de várias espécies e até jacus e outras aves grandes.

No começo, ficava impressionado com a quantidade e a variedade das aves em volta da Cidade Universitária. Depois, descobri o porquê delas lá e a coisa foi clareando, fazendo sentido, se tornando lógica.

É muito mais fácil viver na cidade do que no mato. Se é óbvio para os seres humanos, também é óbvio para os animais em geral e as aves em particular.

Por que voar atrás de alimento varando o mato, numa briga de foice com outros animais, se na cidade é só bicar um saco de lixo e um manjar se espalha na sua frente?

Pra que correr atrás do oco na árvore ou do buraco no barranco se os beirais das casas oferecem condições perfeitas para nidificar?

A vida pode ser dura ou não tão dura. Vida mole todo mundo sabe que não existe, mas, com as possibilidades colocadas à disposição das aves, as cidades levam uma vantagem indiscutível, até quando não sabem disso.

Nem tudo é feito de propósito para atrair aves ou ser simpático com elas. Não é por aí, o ser humano é egoísta demais para pensar assim. As coisas simplesmente acontecem. Quando se presta atenção, já foi, está concretizado e as aves acabam levando vantagem porque, além de tudo, são consideradas bonitinhas.

A regra vale até para as pombas, os ratos do ar, que transmitem doenças as mais sérias e são vistas como o símbolo da paz. Entre secos e molhados, nada como um pouco de marketing.

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