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Crônicas & Artigos

em 28/10/19

O novo viés de uma antiga escola

Originalmente publicado no jornal O Estado de S.Paulo.
por Antonio Penteado Mendonça

Quase meio século depois de sua criação, a ENS – Escola Nacional de Seguros, que já foi Funenseg, passa a ser ENS – Escola de Negócios e Seguros. Ainda que preservando o ENS, a mudança vai muito além de mudar o nome para outro, mais moderno e inserido no contexto do século 21.

Com larga experiência em ensino, até aqui focado eminentemente em seguros, a proposta da nova ENS é abrir o leque de seus programas de treinamento e aprimoramento profissional, passando a oferecer cursos para outros segmentos empresariais.

Um passo importante para o seu fortalecimento e para a garantia de seu futuro, a missão da nova ENS passa a ser disponibilizar sua excelência em ensino para outros setores da economia, auxiliando o Brasil a minimizar o maior obstáculo ao seu desenvolvimento sustentável, a falta de mão de obra qualificada para enfrentar os desafios do século 21.

A Escola de Negócios e Seguros nasceu há 48 anos, como Fundação Escola Nacional de Seguros, fruto da necessidade da formação de profissionais tecnicamente capacitados para passarem no exame para corretores de seguros e serem habilitados pela SUSEP (Superintendência de Seguros Privados).

Por muitos anos, o curso de formação de corretores de seguros foi o melhor programa de treinamento de mão de obra para o mercado segurador. Até hoje ele é recomendado como base para quem pretende ingressar no setor, tanto faz se em seguradora ou corretora de seguros.

O programa de formação de corretores de seguros abriu espaço para toda uma série de cursos e programas de treinamento com foco no securitário de nível médio. Durante as primeiras décadas de sua existência, a Funenseg se dedicou a aprimorar o treinamento do pessoal dos diferentes departamentos das seguradoras, deixando a formação da alta gestão para os cursos superiores em geral, advocacia, administração, engenharia, economia, etc. Importante frisar que à época não havia nenhum curso de graduação ou pós-graduação universitária com foco em seguro.

O primeiro curso de especialização surgiu na década de 1980, na Fundação Getúlio Vargas de São Paulo. Mas teve vida breve. A formação especializada para executivos de seguradoras começa a se consolidar na segunda metade da década de 1990, mais uma vez no PEC da Fundação Getúlio Vargas e na FIA (Fundação Instituto de Administração), ligada à Faculdade de Economia da USP.

Daí para frente, a oferta de programas de treinamento para profissionais de seguros cresce e a Funenseg decide entrar em campo, passando a desenvolver e ministrar cursos de especialização e, depois, MBA’s expressamente desenhados para o mercado segurador.

Seu sucesso foi rápido e a primeira mudança decorrente dele foi a alteração do nome para ENS – Escola Nacional de Seguros, com atuação em praticamente todo o território nacional. Ao longo dos últimos anos, a escola aperfeiçoou e incrementou seus cursos e programas de treinamento para o setor de seguros e atividades ligadas a ele com bastante sucesso.

Como consequência de sua atividade pelo Brasil a fora, mas principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, surgiu a percepção de que ela estava capacitada a entrar em outros ramos de negócios para oferecer programas de educação profissional nos mais diferentes níveis de qualificação.

Além disso, ficou claro que apenas o setor de seguros não seria suficiente para bancar o seu crescimento, nem de suprir os recursos necessários para o custeio de um quadro com profissionais com formação de alto nível.

A mudança que agora acontece é o desdobramento lógico de uma atividade que veio se consolidando ao longo dos anos e que, atualmente, tem condições de, além de manter sua atuação voltada para o setor de seguros, expandir seus horizontes, oferecendo sua expertise para a formação de mão de obra qualificada para outros setores econômicos.

A jornada não é fácil. Há um longo caminho a ser percorrido, mas, ao trilhá-lo, a ENS estará colaborando decisivamente para reduzir a enorme deficiência de mão de obra qualificada que trava o crescimento brasileiro.

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