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Crônicas & Artigos

em 20/08/14

Viver

por Antonio Penteado Mendonça

Viver é muito perigoso. Ou viver é muito complicado? Quem faz a primeira a firmação é Riobaldo Tatarana, personagem de romance, chefe de jagunços, dono do Sertão das Gerais, em guerra de vida ou morte com os homens de Hermógenes, pra vingar Joca Ramiro.

Pra ele, viver é muito perigoso. Mas e pra gente, pra nós que vivemos na cidade grande, com ruas de asfalto e carros espremidos por faixas de ônibus e ruas estreitas, com ladrões aproveitando a lentidão pra fazer a festa? Pra gente, como é que fica? Será que viver é menos perigoso?

Chora mais quem pode menos. No “Grande Sertão Veredas”, a impossível história de amor de Riobaldo e Diadorim. Nas ruas paulistanas quantas histórias com muito interesse e pouco amor acabam na Justiça atrás da gorda mesada do jogador de futebol para o filho da periguete?

Algo contra? Não. Cada um sabe de si. E o filho não tem nada com isso. Já os pais, espera-se que saibam os riscos.

Mas e as histórias de amor? Na cidade grande não tem amor? Não tem entrega, não tem romance, não tem tudo que tem nas histórias do amor encantando o sertão?

Ah, viver é muito complicado! Que o diga quem já amou. Como diz o samba: Atira a primeira pedra, Iaiá, aquele que não sofreu por amor.

Viver é muito complicado, muito mais que perigoso. Não tem como ser diferente. A vida não é teatro, a vida é vida. E pega pesado quando achamos que pegaria leve.

O problema do mundo é a palavra. Não fosse o verbo, muito mal entendido não aconteceria. Dizemos uma coisa e entendem outra. Ou dizem uma coisa e nós entendemos outra. Tanto faz, na rotina da vida cada um sabe de si, porque do outro, só o outro sabe.

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