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Crônicas & Artigos

em 17/04/14

Tempo de mexerica

por Antonio Penteado Mendonça

Nem antes, nem depois. O momento é agora. As mexericas são disciplinadas. Quer dizer, algumas mexericas são disciplinadas, outras não.

É preciso não perder de vista que existem diferentes tipos de mexericas e que, se são parentes, não são vaquinhas de presépio, nem Maria vão com as outras. Não, elas costumam ter posições fortes e, para quem duvida, descasque e coma mexerica e tire o cheiro da fruta das mãos. Se você conseguir, merece uma festa, ou então a mexerica em questão era falsa ou estava doente.

Tem mexerica carioca, da terra, legítima e poncã. Poncã para mim é parente próxima, mas não é mexerica. As outras são.

Se as jabuticabeiras estão malucas e decidiram dar frutos o ano inteiro, as goiabeiras trouxeram ordem para o mundo, dando goiabas na época das goiabas.

Agora as mexeriqueiras vieram confirmar a posição das goiabeiras e mostrar que tudo deve ter seu tempo e sua hora. Antes é cedo, depois é tarde. Também não adianta querer mostrar serviço o ano inteiro. Isso não vai mudar os efeitos das mudanças climáticas, nem vai dar mais prestígio para quem não joga dentro das regras do jogo.

Eu sei que cada um é cada um e que estar certo ou errado depende do ponto de vista. Mas as mexeriqueiras estão cobertas de razão ao tentar manter sua parte de acordo com o que sempre aconteceu.

Já chega as represas vazias e o solo seco. Não é hora de forçar a barra em nome de revoluções que ficaram para trás há mais de 20 anos.

É hora de mexerica e é isso que vale. Aliás, bom, mas bom mesmo, é comer mexerica catada no pé.

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