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Crônicas & Artigos

em 19/01/17

Que delícia

Janeiro, férias de verão, trânsito mais tranquilo, cidade mais vazia, bueiros entupidos, alagamentos e inundações, queda de árvores e todas as tragédias que fazem parte da estação. Contrapontos que fazem a vida ser a vida, para o bem e para o mal.

Nada que possamos mudar. A natureza é muito mais forte. Ela vem, vê e vence todas as vezes que quer. A nós resta torcer para não estarmos no caminho da tempestade ou, como fazem os avestruzes, escondermos a cabeça debaixo do travesseiro e rezar para acabar logo.

As tempestades de verão são tão inevitáveis como a morte e os impostos. Muito antes de São Paulo se transformar na metrópole descontrolada dos dias de hoje, na época colonial, era proibido ocupar as várzeas. Elas já inundavam e as pessoas acreditavam que as doenças surgissem nelas, por causa das águas represadas das chuvas de verão.

Tanto faz, as chuvas caem e a vida segue em frente. Com sorte, dá para tomar um chope gelado antes de ir para casa. Dá para sentar numa mesa na calçada e jogar conversa fora com os amigos. Dá para ver a cidade começando a mudar de cara, o ânimo dos moradores melhorar, a vida pegar mais leve.

Como é bom sair de casa sabendo que a administração que não gosta da cidade é passado, agora é a administração que não gostava da cidade. E que daqui para frente tanto faz o que eles acham ou não acham.

Que toda a incompetência, tolice e má fé ficaram para trás, que não vão mais fazer parte do nosso cotidiano, nem infernizar o dia de milhões de pessoas que pagam impostos na esperança de uma vida melhor.

Como é bom sair de casa sabendo que a cidade deu o troco, que a população não é boba e que os postes foram reconduzidos aos seus lugares. No máximo, iluminam as ruas, e aqui até isso eles fazem mal.

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