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Crônicas & Artigos

em 16/06/15

Ps ipês dos cemitérios

A florada dos ipês roxos é das mais belas da cidade. Todos os anos eles se cobrem com seus cachos e enfeitam o pedaço e a vida.

Eu sei que tem quem prefira os ipês brancos ou os amarelos ou os rosas, que são bastante parecidos com os ipês roxos. Cada um é cada um, então é normal que seja assim. Se todos amassem Maria, o que seria de Josefina?

É assim que o mundo gira e eu respeito o seu ritmo, até porque não respeitar não muda nada. Na toada da vida, respeito faz bem e deixa o outro feliz. Então, se você gosta de ser respeitado, por que não respeitar os outros?

Faz muitos anos que nessa época eu escrevo sobre os ipês roxos do Cemitério São Paulo. Eles são especiais e demonstram carinho pelo seus mortos numa das floradas mais ricas possíveis. O cemitério muda de cor. Visto do alto da Vila Madalena adquire um colorido rico, que contrasta com o cinza predominante e faz dos dias de junho o grande momento de festa para os que estão enterrados lá.

Durante muito tempo eles reinaram soberanos. Não sei se foi porque ouviram uma Crônica da Cidade falando dos ipês do Cemitério São Paulo, mas o fato é que os ipês roxos do Cemitério do Araçá, que nunca tinham dado muita importância à sua florada, decidiram se enfeitar também. E botaram o bloco na rua, com uma florada tão espetacular quanto a dos primos do Cemitério São Paulo.

Quando parecia que a briga ia ser entre eles, os ipês roxos do Cemitério da Consolação entraram em cena. Primeiro reivindicando prioridade por serem mais antigos. Quando não colou, saíram pro pau. O resultado é que a cidade, com os três cemitérios floridos, está muito mais bonita, mesmo com a Prefeitura atrapalhando.

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