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Crônicas & Artigos

em 08/09/14

Política e eleição

por Antonio Penteado Mendonça

Dizia um dos maiores homens públicos do século 20 que “política não é imoral; política não é moral; política é amoral”.

Pegando carona e simplificando a colocação, dizia um dos grandes políticos brasileiros da segunda metade do século 20 que “em política só é feio perder”.

Como o mundo atravessa uma de suas crises cíclicas, nas quais a moral anterior não serve mais, mas ainda não se criou uma nova ordem ética, os padrões políticos se amesquinharam, não só no Brasil, onde já eram pequenos, mas no mundo todo, até onde se imaginava que seria impossível.

Os políticos de todas as nações vão se superando na nobre arte de trocar os padrões morais por grana viva, de preferência em algum paraíso fiscal fora do alcance dos Estados Unidos ou pelo menos fora do alcance dos norte-americanos que querem tirar grana sem pagar impostos, atiçando a curiosidade da Receita Federal.

É mirar qualquer país para, com uma lupa mais ou menos poderosa, se achar políticos da pior qualidade. Ninguém tem um grande líder!
Nada de novo. Os bons exemplos estão no Antigo Testamento, na história da Grécia, em Roma, nas lições de Maquiavel, na eleição do Papa Alexandre VI e no dia a dia de seu filho, César Borgia.

Estão na história do Brasil colonial, do império e da república. E crescem cada vez mais, na medida em que se aproximam dos dias atuais.

Mas se a corrupção é uma praga de tal ordem que as infrações menores, como caixa 2, são consideradas atos de gestão, há outro lado do político brasileiro tão ou mais tenebroso do que ela. A preservação da miséria. Com miséria tem milagre, tem Bolsa Família, tem o pai e a mãe dos pobres. Com um pouco de miséria se ganha muita eleição.

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