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Crônicas & Artigos

em 11/03/15

Placas de velocidade

por Antonio Penteado Mendonça

A CET informa que reduziu a velocidade dos carros em determinadas ruas para 40 km/h para reduzir os atropelamentos.

Se fosse verdade, antes disso, ela teria redefinido as faixas de pedestres, instalado mais semáforos de pedestres, promovido campanhas de educação, tapado os buracos, teria, enfim, tomado uma série de providências que ela não tomou.

A prova de que ela poderia ter feito mais e melhor são os quilômetros de faixas exclusivas para ônibus e bicicletas pintadas por todos os lados.

Mas ela não fez, e não fez deliberadamente. Da mesma forma que as placas que infestam e enfeiam a cidade são colocadas sem nenhuma preocupação maior com o que quer que seja, deliberadamente.

Como eu digo isso? É simples. Andando pela cidade e vendo a sinfonia surrealista das placas colocadas de qualquer jeito, atrás de árvores, atrás de outras placas, do lado de placas iguais, etc.

Tem placa para todos os gostos, de todas as cores e formatos e com as mais inusitadas informações, algumas até em inglês, com o texto que deveria estar em inglês sem tradução.

É por isso que eu não acredito que a CET tenha reduzido a velocidade para 40 km/h para diminuir o número de acidentes.

O que ela quer é multar. E aí faz todo o sentido a mixórdia de placas com velocidades diferentes em trechos muito curtos.

Afinal, como me disse um taxista filósofo materialista: “Doutor, se eu chegasse lá e entrasse na patota que manda, não ia querer Petrobrás nenhuma. Eu ia querer só um dia do caixa da CET”.

Sábio motorista! É isso mesmo, a CET enche o caixa multando quem deve e quem não deve ser multado. Parodiando o general espanhol Millan Astrai, seu lema deveria ser: Abaixo a inteligência, viva a multa!

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