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Crônicas & Artigos

em 07/10/14

Os ipês rosa chegaram

por Antonio Penteado Mendonça

Faz algum tempo, escrevi que os ipês rosa estavam aí, dando o ar da graça, espalhados pela cidade.

Depois, pedi desculpas, assumi o erro, quem estava na parada eram os ipês roxos, eles, sim, os encarregados de abrir a longa temporada da florada dos ipês, que em São Paulo costuma ser maravilhosa.

Vieram com tudo, deram o recado e eu humildemente pedi desculpas pelo engano, fruto da falta de atenção com a espécie de árvore, completamente hipnotizado pela florada maravilhosa.

Agora sim, os ipês rosa estão aí, explodindo suas flores com uma volúpia de cena do Paraíso, como que querendo arrebentar com os parentes que floriram antes ou mostrar aos ipês brancos que eles não têm chance, nem agora, nem nunca, porque escolheram florir na mesma época dos ipês rosa.

Nessa vida chora mais quem pode menos. Nada que também não aconteça no universo vegetal. As plantas são duras, egoístas, narcisistas e adoram brilhar mais do que as outras.

A exceção são as violetas, mas agora não é hora de falar delas. Nem da ternura de suas flores delicadas, nem da poesia que sua humildade inspira.

Agora são os ipês rosa. E como carro chefe, três árvores que todos os anos dão show, plantadas ao lado do muro do Cemitério do Araçá, na calçada da Rua Cardoso de Almeida.

Estão lindas. Não tem como dizer essa é a mais bela. Da mesma forma que os ipês da Praça Luiz Carlos Mesquita, na Barra Funda.

Se a região é famosa pelo nó no trânsito, com os ipês floridos é até gostoso ficar lá, esperando a boa vontade dos anjos. Pelo menos a paisagem é linda e nos faz esquecer por um momento a tortura das ruas.

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