Penteado Mendonça Advocacia

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Crônicas & Artigos

em 05/09/14

Os ipês amarelos chegaram

por Antonio Penteado Mendonça

Foi sem querer. Estava caminhando em direção à Cidade Universitária quando ele explodiu na minha frente. Lindo, intensamente amarelo, como se homenageasse as minas de ouro descobertas pelos bandeirantes 300 anos atrás.

Um só, escondido numa rua do fundo do Butantã. Mas imponente, ainda que não muito grande. Completamente tomado pelas flores, quase sem folhas, dono da rua e da cor do dia, como se o céu não tivesse outra função que não servir de contraponto para destacar ainda mais o colorido de suas flores.

Foi um encontro de tirar o fôlego. Não esperava vê-lo, mesmo sabendo que a época dos ipês amarelos estava chegando. Naquela hora pensava na morte da bezerra ou em qualquer outro tema transcendental, por isso o encontro foi de quase tirar o fôlego.

Lá estava ele, com jeito displicente. Como quem não quer nada, mas, no fundo, encantado com sua roupagem de fim de inverno, para mostrar que, se todo ipê florido é lindo, os amarelos são ainda mais belos.

O resultado do encontro com o ipê florido no domingo de manhã foi eu começar a prestar atenção em volta e o resultado de eu prestar atenção em volta foi descobrir outros ipês amarelos, mais ou menos floridos.

Aos poucos, eles vão tirando a roupa de festa dos invólucros escondidos nos galhos.

Tem quem diga que é uma ação combinada com os sabiás. Que a florada cresce à medida que os sabiás cantam mais, descerrando as madrugadas.

Pode ser. Quem sou eu para dar palpite nos mistérios da natureza. O que eu quero é ver os ipês floridos. Se na parada tem sabiá ou jandaia, pra mim tanto faz.

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