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Crônicas & Artigos

em 18/11/15

Os buracos da Fradique Coutinho

Pouca gente sabe quem foi Mourato Coelho. Mas são eles que sabem, também, quem foi Fradique Coutinho. E, muito provavelmente, são os que sabem quem foi Aspicuelta.

Mourato Coelho e Fradique Coutinho foram lugares-tenentes de Fernão Dias Paes, na descida ao Guairá. E Aspicuelta foi um importante jesuíta no começo da história de São Paulo.

Estarem lado a lado nas ruas da Vila Madalena é mostra de bom senso e justiça. Afinal, todos de alguma forma interagiram na mesma época, lutando pelo que acreditavam, às vezes do mesmo lado, outras, em campos opostos.

Deve ser por isso que a prefeitura que não gosta da cidade deixou a Rua Fradique Coutinho ficar completamente esburacada, especialmente nas proximidades da rua Aspicuelta.

É uma forma de resgatar a história. As picadas que saíam da Vila de São Paulo, as primeiras entradas, a descoberta do Caminho do Peabiru, as bandeiras em direção ao Araguaia e, logo depois, as descidas para o Paraná e Rio Grande do Sul.

É também uma forma de resgatar a boa vontade de Leonardo Nunes, o grande Abaré-bebê, o chefe dos jesuítas que ergueram os dois colégios de São Paulo e, portanto, co-fundador da vila que virou a metrópole de hoje.

Quem se lembra, já faz algum tempo, fiz uma crônica contando do aparecimento de Leonardo Nunes num terreiro de candomblé, pedindo aos amigos que intercedessem para que eu não usasse seu apelido para caracterizar o chefe da Prefeitura. Fiz sua vontade. Parece que agora a Prefeitura quer se acertar com o jesuíta e, para isso, refez nas ruas os buracos das picadas de antigamente. Quem paga a conta somos nós.

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