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Crônicas & Artigos

em 16/09/14

O pamonha mudou de jardim

por Antonio Penteado Mendonça

Depois de 11 anos, 10 meses e 15 dias de uma vida rica e cheia de aventuras, o Pamonha mudou seu campo de caça. Agora ele corre pelo céu dos cachorros, caçando os sabiás da eternidade.

Seu tempo aqui acabou. Para um boxer, teve uma vida longa, na qual fez o que quis, do jeito que quis, sempre brincalhão e bem educado, exceto quando via outro cão na sua frente.

O Pamonha era tão educado que, quando alguém chegava, ele se sentava e levantava a pata dianteira direita, dando a mão pra visita.

Também parecia um bezerro de rodeio, saltando com as quatro patas no ar. Quando outro cachorro passava perto, a coisa esquentava. O Pamonha gostava de brigar, sem ligar para raça, tamanho ou ferocidade. Atacava todos, desde cães menores do que ele até rottweilers, dobermanns, pastores-alemães e pitbulls.

Era famoso na rua. Quem passeava com seu cão sabia que aquele pedaço era perigoso porque, se o Pamonha fugisse, rápido feito um raio, ele atacava o outro cachorro.

Mas se gostava de brigar, também adorava crianças e se deixava torturar por elas com a paciência de quem está com as contas pagas.
O Pamonha foi um cachorro muito especial. Ele tinha medo de rojão. E, desconfiado, não comia qualquer coisa que lhe dessem. Por exemplo, não gostava de queijo. Em compensação, adorava bolo, mortadela, manga e todos os tipos de carnes, cruas ou não.

Seu hobby era caçar sabiás. Os sabias tomavam banho na sua tigela de água e comiam sua ração. Então, ele os esperava, deitado, e quando um passava voando baixo, saltava e abocanhava a ave em pleno voo.

Hoje, ele mora no céu dos cachorros e corre pela eternidade brincando com o Milho-Verde, nosso cão antes dele, que também vive lá.

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