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Crônicas & Artigos

em 08/09/15

O nhoque da princesa

O Brasil é um país curioso. Único lugar do mundo onde vive a mulher sapiens e a mandioca contribui de forma ímpar para o desenvolvimento humano, através do uso do conhecimento tecnológico da cooperação e do fogo, aqui o sistema monárquico está em baixa.

A forma como usam o termo “republicano” passa a sensação de que ser republicano faz toda a diferença. Democracia que é democracia é republicana, o que pode gerar problemas com a Grã-Bretanha, berço da democracia moderna há 800 anos e até hoje uma monarquia.

A União Soviética foi das mais cruéis e brutais ditaduras do século 20 e, no entanto, seu nome era União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, mas, ao que parece, diante do uso livre da língua portuguesa, isso não faz a menor diferença. Ao contrário, para boa parte dos nossos governantes, Stalin seria um grande republicano.

Nada que desmereça a encomendação de uma missa no dia 14 de julho em homenagem a Luiz e Maria Antonieta, velhos conhecidos de um amigo saudoso da monarquia.

Mas o momento dramático que demonstra a queda da realeza e o desmonte das monarquias foi o inusitado presente dado por uma princesa para um grande amigo meu. Nhoque!

Saudoso das lições de honestidade dadas pelos ministérios imperiais e pela Primeira República, para alegrar seu espírito, meu amigo ganhou uma bela porção de nhoque.

Imponente, rico, farto, feito no capricho, mas um mero prato de nhoque. Fossem os tempos outros, estivesse a realeza em posição mais solvente, meu amigo receberia faisões ao molho de caviar, regado com o mais fino champanhe. Enfim, em época de vaca magra, até um prato de nhoque vai muito bem. Deus dê em dobro para Vossa Alteza!

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