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Crônicas & Artigos

em 26/09/17

O Nego morreu

O Nego morreu. A notícia caiu como uma paulada, manchando o azul sem nuvens da manhã de sábado. O Nego morreu! Mas será que o Nego pode morrer? O Nego é mortal, assim como todo mundo…

Mas não, o Nego não morreu. O Nego virou estrela e brilha no céu que tem dentro de mim, onde estão as pessoas que eu gosto e que saíram dessa vida para entrar na eternidade de Deus e brilhar na noite do céu que tem dentro de mim. Todo mundo tem dentro de si um céu especial onde guarda os momentos bons, as pessoas importantes, a história de sua vida.

Meu céu é rico. Tem pessoas maravilhosas que, ao longo da minha vida, tiveram seu momento, me ensinaram, me deram amor, carinho, amizade, a mão estendida, o olhar próximo, a compreensão e a compaixão nas passagens boas e nas não tão boas.

O Nego chega no meu céu de lembranças com a força da infância e de parte da juventude repartida com ele na rotina da fazenda, para onde eu corria todas as vezes que podia.

Volta e meia acordava com a madrugada ainda ameaçando trazer o dia para tomar café da manhã na casa de seus pais e comer o pão feito pela Dona Helena, com bastante manteiga e uma caneca de café com leite bem quente.

Depois, montávamos e íamos buscar a tropa de cavalos no pasto da cabaninha. E cavalgávamos toda a manhã. E nos encontrávamos de tarde para soltar a tropa.

Quantas vezes jogamos futebol no campinho da fazenda? E quantas noites entramos no mato para caçar tatu, paca ou, num domingo, passar o dia fazendo uma passarinhada?

A morte do Nego seria uma grande perda. Mas o Nego não morreu, o Nego virou estrela.

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