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Crônicas & Artigos

em 29/07/16

O avesso do avesso, ao contrário

Pasmem! Milícias paramilitares do Rio de Janeiro proibiram os homens da Força Nacional de Segurança de instalarem internet no conjunto habitacional onde foram mal alojados.

Não bastasse terem que comprar tudo e mais alguma coisa, de colchonete para fora, porque simplesmente não receberam nada, os agentes encarregados da segurança dos Jogos Olímpicos não podem ter internet em seus alojamentos porque uma milícia que explora duas favelas na região disse que não.

O apavorante é que, de acordo com as notícias, os policiais, em vez de porem ordem no estabelecimento e instalarem as antenas, estão se valendo de seus celulares para acessar a rede.

Me desculpem os encarregados da segurança do Rio de Janeiro, mas alguma coisa está profundamente errada.
De um lado, os policiais estaduais exibem faixas nos aeroportos dizendo para os turistas que a viagem é por sua conta e risco porque estão entrando no inferno e a polícia não pode garantir sua segurança porque está com os salários atrasados.

De outro, a Tropa Nacional de Segurança enviada para o Rio de Janeiro teve mais ou menos três mil homens cortados. Coube às Forças Armadas, que não têm treinamento específico para policiamento de ruas, aumentar os efetivos da tropa enviada para a Cidade Maravilhosa.

A gota d’água que faltava, ou melhor, a cereja do bolo, é os policiais hipoteticamente responsáveis pelo combate ao crime serem impedidos, justamente pelo crime que deveriam combater, de instalar internet em seus alojamentos porque a tal milícia explora a venda do sinal nas comunidades.

Desse jeito, fica muito complicado acreditar que os Jogos Olímpicos estão bem protegidos e que segurança no Rio de Janeiro é coisa séria.

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