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Crônicas & Artigos

em 22/03/18

Nem Deus explica

Meu amigo tem um filho de mais de 40 anos de idade, com quem ele não se dá e a quem não vê faz muito tempo. Coisa de pai e filho, que culminou com o rapaz e sua companheira à época levarem embora com eles, sem autorização do meu amigo, coisa de 20 quadros muito bons.

O filho morava na casa do pai e, quando resolveu sair, levou com ele os 20 quadros, sem pedir licença ao dono. Como não é fácil tungar 20 quadros, ele pediu ajuda à sua companheira, que, mais do que rapidamente, deu um jeito de ajudá-lo a levar os quadros do pai.

Imaginar que um filho seria capaz disso é aceitar o mundo como o mundo é. Tem filho que faz coisas desta natureza e alguns vão muito além, mostrando que ser filho não é diferencial para levar vantagem em cima do pai. Pelo contrário, “o coroa marcou bobeira, nós vai fundo e tunga”.

Foi o que aconteceu. Meu amigo engoliu o sapo quieto. A alternativa seria ir a uma delegacia de polícia, dar queixa e fazer B.O. Que pai faz isso quando na ponta está um filho? Meu amigo não fez.

Faz algum tempo que o filho do meu amigo sumiu sem deixar rastros. Ninguém sabe dele, por onde anda, o que faz, se é que faz. Simplesmente sumiu no mundo e ninguém achou que valia a pena ir atrás.

Pois pasme! Agora, passados vários anos, meu amigo recebe uma intimação de um processo civil no qual a moça que foi embora com os quadros pede que ele compareça com 38 mil reais, mais 4 mil reais por mês para acertar a pensão alimentar que o filho do meu amigo não pagou.

Não interessa se meu amigo é rico ou pobre. No caso, ele está longe de ser rico. A pergunta que cabe é o que o avô tem com o filho ter feito um filho numa mulher que evidentemente topou a coisa? Por que ele tem que pagar seja lá o que for? Ele é um senhor aposentado e a mãe, uma senhora na flor da idade. Em tempos de igualdade, por que ela não vai trabalhar?

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