Penteado Mendonça Advocacia

Herdeiro de uma tradição jurídica iniciada em 1860.

PT | EN

Insira abaixo seu e-mail caso deseje fazer parte do nosso mailing:

Estamos à disposição: contato@pmec.com.br 11 38779.9700

Crônicas & Artigos

em 29/12/14

Inédito

por Antonio Penteado Mendonça

Nunca na longa história das sociedades humanas tão poucos roubaram tanto de tantos em tão pouco tempo.

Em menos de 12 anos tudo o que aconteceu antes no Brasil passou a ser conversa pra ninar criança.

O próprio Mensalão, que começou a desvendar a imensa teia de bandalheiras de todos os tipos que sugam o país, perto do que está aparecendo, é migalha pra pinto. E pelo jeito tem muito mais, o que nos coloca no vergonhoso pódio das nações mais corruptas do mundo.

Eu não tenho vergonha de ser brasileiro. Ao contrário, tenho imenso orgulho da minha nacionalidade, da minha pátria e do meu povo.

Eu tenho vergonha do que está aí, em todos os níveis de governo, nos três Poderes, sugando o dinheiro suado de quem sai de casa cedo, com a obrigação de ganhar o pão nosso de cada dia, ameaçado de perder o emprego, de quebrar a firma, de ter que entregar o que tem e o que não tem para manter uma corja de assaltantes, que tomou nas mãos os destinos da pátria.

Eu tenho vergonha de mudarem a fórmula de cálculo do superávit primário porque senão a Presidenta, que foi estudante, poderia ser impichada por não fazer a lição de casa.

Tenho vergonha do Congresso, travestido de Judas, aceitar os 30 dinheiros da chantagem explícita do Executivo.

Tenho vergonha do Executivo fazer, na cara dura e à luz do dia, o que as empreiteiras fazem escondido.

Tenho vergonha das armações e firulas para justificar aumentos injustificados para quem não tem razão nenhuma para ganhar isso.

Mas, acima de tudo, tenho vergonha de ser roubado da forma como que nos roubam. Que nos tungam dinheiro, ética e orgulho próprio.

Voltar à listagem