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Crônicas & Artigos

em 11/09/14

Histórias mestiças

por Antonio Penteado Mendonça

Existem exposições de vários tipos. As maravilhosas, as não tão maravilhosas, as boas, as ruins e as muito ruins. Depois de certa idade, com a paciência ficando mais exigente, a vontade de visitá-las tende a seguir o grau da qualidade.

É verdade, as maravilhosas não acontecem todos os dias. Mas as maravilhosas não tão maravilhosas estão aí e valem a visita.

Como o Brasil é um país amador, nem sempre o que poderia ser é. Algumas exposições, pelo tema, ficam devendo, quer porque são mal montadas, quer porque o uso político diminui a qualidade do evento.

Mas, às vezes, a conjugação de talento, profissionalismo e competência vai além da melhor expectativa.

É o caso da exposição Histórias Mestiças, no Instituto Tomie Ohtake.

Fruto da competência dos curadores, Adriano Pedrosa e Lilia Schwarcz, da coragem do diretor do Instituto, Ricardo Ohtake, e do patrocínio do Grupo Segurador BB Mapfre, a exposição está entre as mais belas e mais interessantes que tenho visto em toda minha vida.

Composta por 400 obras selecionadas em 80 dos melhores acervos do mundo, a exposição vai muito além das expectativas mais otimistas e se iguala ao que se faz de melhor no mundo, em qualquer área.

As obras excepcionais expostas no Instituto Tomie Ohtake formam uma linha coerente para mostrar, com detalhes de uma qualidade impressionante, a história do Brasil, que, no fundo, não é mais do que a soma de várias histórias mestiças se cruzando, se realçando, se perpetuando, crescendo, diminuindo, se misturando para formar o riquíssimo painel socioeconômico que é o país.

Histórias Mestiças deveria, depois de São Paulo, percorrer o Brasil. Através dela o brasileiro terá outra imagem do país onde nasceu.

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