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Crônicas & Artigos

em 29/01/15

Dexistência

por Antonio Penteado Mendonça

Na vida os encontros e desencontros vão se sucedendo de forma aleatória, mas que, evidentemente, seguem uma ordem cósmica além de nossa capacidade de entendê-los.

Por que sim, por que não? São duas perguntas que fazem a vida mais fácil. Depende de quem pergunta, por que pergunta pra que pergunta.

Nessa toada, nós vamos conhecendo gente mais ou menos interessante, com mais ou menos afinidades, que passam e que ficam.

As que passam, passam porque tiveram um momento efêmero, que não deu liga, da mesma forma que nós também passamos em relação a elas porque não marcamos, não arranhamos sua pele, e por isso não deixamos nenhuma lembrança. Esquecemos e somos esquecidos.

É assim. E não é triste. Apenas é assim.

Já as que ficam, ficam porque nos identificamos com elas, porque as marcamos, criamos sentimentos bons, nos unimos em algum ponto e por alguma razão não necessariamente clara, mas forte o bastante para manter o nó apertado, ainda que apenas por certo tempo.

Também temos encontros que são pra vida inteira. Amigos da primeira infância e outros que vamos somando ao longo do caminho e que, às vezes mais próximos, ou mais distantes, marcham em paralelo, nos acompanhando ao longo da jornada.

Uma amiga de verdade, a Jurema, neta de Cassiano Ricardo, o grande poeta modernista, autor de Martim Cererê, titular das Academias Paulista e Brasileira de Letras, acaba de me presentear com uma edição fac-símile de “Dexistência”, poemas inéditos de Cassiano Ricardo, publicados 40 anos depois de sua morte. O livro é lindo, mas mais bonita ainda é a amizade da Jurema.

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