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Crônicas & Artigos

em 05/07/16

Depois da tempestade

Tem sempre um momento em que as coisas se acalmam, em que as tempestades dão um descanso para a tripulação cansada de lutar contra os elementos, em que as vagas não amaçam vidas, nem molham os olhos e o corpo, nem exigem mais das mãos ensanguentadas.

De repente, a uivo do vento amaina. A chuva cessa. E um pedaço de lua aparece no céu, clareia a noite, traz alento, fala da poesia que existe no mundo e resgata a saudade indefinida de alguma coisa incerta, mas fundamental.

Nada como o barranco do lado da sombra onde nos encostamos e nos protegemos do sol. Nada como a água fresca correndo do cantil para a garganta. Nada como o suor secando na testa para dar a certeza de que tudo vai entrar nos eixos.

A briga foi boa. A vida pegou pesado. A tempestade se formou cinza e densa na borda do horizonte. Raios e trovões cortaram o céu. De vento passou para furacão. E a chuva veio junto, caindo obliqua e forte em cima dos corpos.

No princípio, todo mundo correu. Depois, ficou claro que não tinha o que fazer, senão enfrentar a tormenta, lutar pela vida, pelo emprego, pela casa e pela família.

E as pessoas começaram a lutar. E se uniram e formaram um muro intransponível, que impediu a marcha do mal, que brecou a praga e a morte, trazidas pelos que destruíram o futuro próximo de toda uma nação.

É preciso recomeçar. É preciso reconstruir o que foi destruído. É preciso recompor a saúde e a riqueza do país.

Vai levar muito tempo até que a malha moral seja de novo trançada. Mas agora há no horizonte a luz do recomeço. É hora de descansar para depois arregaçar as mangas e fazer do Brasil um grande país.

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