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Crônicas & Artigos

em 19/09/18

Ciclos constantes

Alguns ciclos acontecem algumas vezes e depois não se repetem mais. Acabam, sabe-se lá por quê, é assim e tudo bem. Pode ser a chuva no sertão, as enchentes em Blumenau, tanto faz, o padrão não se repete, ao contrário, vai e vem, numa dança louca, como se a natureza estivesse bêbada ou coisa que o valha.

Com as plantas não é assim. Os ciclos não são iguais, mas ano depois de ano acontecem mais ou menos semelhantes, pelo menos na ordem em que as floradas acontecem, os frutos amadurecem e os sabiás usam seus galhos para fazer seus ninhos.

Cada coisa tem seu mistério, seja ele qual for, desde a cor que faz que é, mas não é, o brilho da faísca na pedra, o fogo que a faísca acende no pasto ao lado, na morte dos animais cercados pelas chamas e depois na reinvenção do cenário, na natureza retomando o verde que faz matas e campos ficarem mais belos.

As amoreiras carregaram, as cerejeiras floriram, os ipês amarelos explodiram e as jaqueiras decidiram que é hora de mostrar como são poderosas, com as pesadas frutas pendendo do tronco e dos galhos.

Miscelânea de plantas de várias partes do mundo reunidas nos jardins da Cidade Universitária.

E tem gente que diz que os portugueses não são muito competentes. Imagine se fossem! Quem espalhou as plantas pelo mundo foram eles!

Uma ideia do tamanho da mudança? Nenhum coqueiro das praias brasileiras é nativo. Todos brotaram das árvores originalmente trazidas de outros litorais, da mesma forma que as mangueiras e as jaqueiras vindas da Índia. A delicadeza da cerejeira contrasta com o tosco da jaqueira, tanto faz, as duas são a natureza em festa, no contraponto das amoras maduras.

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