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Crônicas & Artigos

em 09/10/14

Bike Courier

por Antonio Penteado Mendonça

A expansão das ciclovias e ciclofaixas mostra a sociedade brasileira como ela é, dinâmica, criativa e empreendedora, e que só não faz mais porque o governo não deixa.

O começo, como não poderia deixar de ser, foram os consertadores de bicicletas, depois, os vendedores de comida e bebida, em seguida, os locadores e por aí vamos, numa corrente sem fim, aproveitando a maré para abrir bares e restaurantes, lojas especializadas, cantos de descanso e o mais que se quiser.

As bicicletas vieram para ficar e isso é muito bom. O problema é a forma como as ciclovias estão sendo pintadas. Do jeito que vai, surgirá uma nova atividade específica, o socorro para ciclistas feridos, que levará os hospitais a criarem uma nova área em seus prontos-socorros – atendimento de emergência para ciclistas mais ou menos machucados.

Eu sei o que é ser um ciclista machucado. Já fui levado para o Hospital Universitário com a cara arrebentada por causa de um tombo provocado por um automóvel estacionado em local proibido, que, do jeito que quis, saiu da vaga e entrou na rua.

Mas foi na Cidade Universitária, bem antes de criarem as ciclovias. O problema das ciclovias é que, em alguns pontos, são muito estreitas, em outros o asfalto está esburacado por crateras de vulto e em outros, elas acabam sem aviso ou contar por quê.

Mas voltando ao empreendedorismo nacional, as ciclovias estão criando nova atividade profissional para concorrer com os motoboys.

Os cicloboys vieram para ficar e são mais perigosos do que os motoboys. Entram pelas ruas com ou sem ciclovia, como se fossem os donos do paraíso. Quem sabe seja porque um especialista em marketing os rebatizou de Bike Courier. É mole?

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