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Crônicas & Artigos

em 06/12/17

Assassinar moradores de rua

Os moradores de rua são pessoas. Seres humanos como você, como ele, como eu, como todos nós, que, por alguma razão, foram jogados para fora de um lar, de uma casa, ao menos, onde tivessem um mínimo de calor humano, de compaixão.

Não seria verdade dizer que ninguém quer ser morador de rua. Tem os que querem permanecer nas ruas e retornam para elas assim que conseguem uma oportunidade para isso.

É uma minoria, mas precisa ser respeitada. O que não significa que a comunidade, através do Governo, não deva agir para minimizar os impactos negativos que atingem, principalmente, os próprios moradores de rua.

No Brasil, o tema é tratado como tabu, o que faz a maioria dos governantes se manter o mais distante possível ou, quando se aproximam do assunto, no mundo real, o fazem de forma a tentar ficar bem na foto, fazem média a favor e contra.

Eu não tenho a solução para o problema e duvido que alguém, nos dias de hoje, numa grande cidade do mundo, tenha. Não estou me valorizando, nem dizendo que eu sei do assunto tanto quanto os que se dedicam a ele. Não sou especialista, não conheço as entranhas do drama, mas sei que ele é terrível e cobra um preço absurdo de boa parte dos moradores de rua, das mais diversas formas, desde doenças terminais até boçalidades as mais absurdas, cada vez mais comuns.

O que leva alguém a atirar num morador de rua dormindo num banco de praça? Será que quem faz isso se acha melhor do que o morador de rua que ele fere ou mata covardemente?

Não, ele não é melhor do que sua vítima. Ao contrário, ele é uma besta fera e um covarde, que não pode, nem deve ser chamado de ser humano. Ele simplesmente não é.

Falta-lhe a chama que ilumina a alma.

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