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Crônicas & Artigos

em 04/04/14

As espatódias da rua Caiuby

por Antonio Penteado Mendonça

Ok, assumo a culpa, ou melhor, a responsabilidade. Não houve negligência, foi só falta de tempo para me sentar e escrever sobre elas.

As espatódias da Rua Caiuby estão floridas. Nada de novo, já falei que elas florescem o ano inteiro, pouco importando o mês ou a lua. Elas estão acima do bem e do mal. O que vale é a florada que se estende por quase todo o ano.

Por alguma razão que eu não sei qual é, fazia tempo que não escrevia sobre elas. Não que eu não as visse ou não soubesse que estavam floridas.

Eu sabia porque é meu caminho da roça para voltar da Rádio Estadão para o escritório. Pelo menos uma vez por semana desço a ladeira da Caiuby para atravessar a Avenida Sumaré e chegar no Pacaembu, na altura da Cardoso de Almeida.

Ali atravesso em frente à igreja dos Dominicanos e depois é só descer a ladeira até o nó chamado Wendell Wilkie, onde a selvageria toma conta dos motoristas e a herança do Lula explode em toda sua brutalidade.

Mas o tema não é esse. É a Rua Caiuby e suas espatódias anarquistas, que não respeitam a sequência lógica das floradas em São Paulo.

Eu sabia que elas estavam floridas desde o final do ano, quando é a época correta de se vestirem de vermelho para alegrar os sabiás.

Também sabia que continuavam floridas e que faziam malabarismos para chamar minha atenção e ganhar a crônica mais do que merecida.

Enfim, se escrevo bastante tempo depois delas floriram, nunca é tarde para falar do belo. As grandes espatódias da Rua Caiuby são lindas. E ficam mais lindas ainda quando eu penso que estão mudando a regra do jogo apenas pelo prazer de fazerem mais belos os dias do outono.

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