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Crônicas & Artigos

em 07/08/15

As azaleias dão show

Este ano as azaleias decidiram estourar a boca do balão, escalar o Everest, surfar num tsunami, enfim, florir como há muito tempo não faziam.

Tem quem diga que é porque o ano passado a florada das azaleias foi micha. Tem quem refute a tese, apresentando como contraponto a seca que castiga São Paulo. Outros veem no movimento uma conotação política. Outros dizem que é apoio aos sindicatos dos agricultores sem terra e dos moradores sem residência.

A verdade é que há muito diz que diz e pouca certeza. As azaleias ainda não nomearam sua porta-voz para explicar os fatos. Então, todos tentam tirar vantagem do silêncio delas para aumentar seu cacife, tanto faz para o quê.

A única verdade é que as azaleias não andam de bicicleta. Além disso, vale comparar seu vermelho com o vermelho do urucum boliviano, mal espalhado pelas ciclovias.

Também pode ser protesto. Contra o quê? Meu Deus, o que não falta são razões para protestarmos! Imagine, então, as reivindicações das azaleias, maltratadas ou esquecidas pelo poder público.

Querem praças e calçadas com canteiros bem cuidados, ruas sem buracos, semáforos que funcionam, faixas de pedestres nos lugares certos, faixas separando as pistas das ruas, trânsito que ande, etc.

As azaleias querem o que os paulistanos querem. No fundo, só um pouco de paz para dar conta da vida.

Como isso não vem, nem tem data para chegar, as azaleias brincam de se enfeitar. Uma mais bonita do que a outra, uma mais bem vestida do que a outra, todas somam suas flores nos grandes renques em que são plantadas para dar força para o paulistano aguentar até o ano que vem.

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