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Crônicas & Artigos

em 28/01/14

A moradora de rua brava

por Antonio Penteado Mendonça

Não existem duas pessoas iguais. No máximo, somos semelhantes. A regra vale para todo o gênero humano, independentemente de raça, sexo, credo ou time de futebol.

Como os moradores de ruas são parte do gênero humano, a regra também vale para eles, ou, melhor, a regra se aplica com perfeição a eles. Os porquês que levam alguém a morar nas ruas variam de pessoa para pessoa. A capacidade de adaptação às ruas também varia. E as habilidades para a sobrevivência, estas são absolutamente únicas.

Que o diga a agressiva e nem sempre simpática senhora que se apossou de um pedaço da Rua Peixoto Gomide, colocando a concorrência para fora graças ao uso pouco discreto de uma tesoura ou um canivete para ameaçar quem não concorda com seus argumentos.

O resultado é que a área é dela, ainda que a conquista não tenha sido pacífica. Faz pouco tempo, ela decidiu ameaçar uma senhora que trabalha no pedaço e o resultado não lhe foi bom.

A senhora, além de não se sentir intimidada, chamou a moradora de rua para decidir a questão no braço. Ao se ver afrontada, nossa heroína preferiu uma retirada estratégica, o que enfraqueceu sua fama e fez com que várias pessoas reconsiderassem seus medos em relação a ela.

Mas digam o que disserem, a verdade é que esta senhora tem caráter forte e não gosta de levar desaforo para casa.

Prova disso é que faz pouco tempo ela abordou um senhor, morador de um edifício de luxo e pediu uma esmola. Quando ele disse que não tinha dinheiro, ela sacou dez reais do bolso e entregou para ele. O senhor ainda tentou argumentar que não queria, mas ela ameaçou fazer um escândalo. O jeito foi ele aceitar a esmola e acabrunhadamente voltar para casa.

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