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Crônicas & Artigos

em 01/04/14

A migração continua

por Antonio Penteado Mendonça

Ao longo do século 20 São Paulo assistiu ao fenômeno da migração da população das áreas rurais para as cidades. Se foi bom ou não, não cabe discutir aqui. O fato é que milhões de pessoas que viviam nas fazendas e sítios se mudaram para as cidades, desencadeando o fascinante processo da modificação completa da realidade do estado.

Atualmente, menos de 5% da população vive na zona rural. E, graças às modernas técnicas agrícolas, consegue produzir muito mais do que quando mais de 80% da população vivia da agricultura.

Em termos históricos, a mudança foi muito rápida. Na década de 1960 as colônias das fazendas tinham todas as casas ocupadas e o uso de carroças puxadas por burros era absolutamente comum até nas fazendas mais modernas.

Era a época em que mil bois no pasto faziam um homem rico. Hoje, dez mil fazem o fazendeiro remediado.

Entre as consequências dessa mudança, vale lembrar o que aconteceu com a música. De caipira, da moda de viola, passou a sertaneja e hoje até a sertaneja universitária, o que é no mínimo um paradoxo.

Mas dizem os entendidos que vale a pena esperar, já está chegando o funk do sertanejo de pick-up 4 por 4.

Também mudou a cara das cidades. A geografia urbana. É assim que, doa a quem doer, tem gente prometendo a Grande Louveira, compreendendo Jundiaí, Itatiba, Vinhedo e Valinhos. E a grande Birigui, englobando Araçatuba, Mirandópolis, Valparaíso e região.

Já tem amigo meu lembrando o verso da velha música caipira: a marcha do progresso é a minha grande dor.

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