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Crônicas & Artigos

em 07/01/15

A marca no chão

por Antonio Penteado Mendonça

Toda administração pública sonha em deixar sua marca. Marca que pode ser virtual, refletida na eficiência do funcionamento da sociedade, ou física, deixada como obra ou outro melhoramento para o povo.

O Brasil não é diferente. A prova disso são os postes que um presidente decidiu eleger para deixar sua marca. Marca que ficou fortalecida pelos escândalos que primeiro colocaram na cadeia os próceres do partido do eleitor de postes e agora vão fazendo o Mensalão parecer brinquedo de criança.

Teve administração que decidiu construir uma cidade. E aí está Brasília, com todas as suas mazelas, mas abrindo o interior do país.

Outra resolveu investir no Trem Bala, que não está aí, pra mostrar que competência ainda faz a diferença, até quando tem corrupção.

Tem quem tenha feito piscinão disfarçado de túnel, também chamado obra multiuso, dependendo do ponto de vista.
Quem tenha erguido o Minhocão, aberto túneis que funcionam feito túneis e pontes que são pontes.

Tem quem investiu na alimentação saudável para os trabalhadores e permitiu que a Praça do Patriarca se transformasse em ponto de venda de leite de cabra tirado na hora e bacorinhos vivos.

Cada um sabe de si. Então, respeito é bom e todos gostam. Por isso, quem sou eu para julgar! Não! Não julgo, apenas anoto.

A administração Morubixaba-bebê decidiu imprimir sua marca diretamente no chão. No asfalto negro e esburacado das ruas da cidade.

Primeiro foram as faixas exclusivas de ônibus. Quilômetros delas parando são Paulo. Depois a veia aberta e vermelha das ciclovias parando São Paulo. Agora são as faixas de pedestres em Xis. O que virá depois ninguém sabe, mas a surpresa pode ser interessante.

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