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Crônicas & Artigos

em 15/11/16

A imagem da tristeza é muito triste

Não é redundância, é verdade. A imagem da tristeza é muito triste. Ela pode ser vista em toda sua dimensão nos cemitérios de São Paulo.

As cenas mostradas pela TV no dia de Finados são de encher o coração de tristeza e a razão de vergonha.

Vergonha de uma administração municipal sem qualquer respeito pelos princípios e regras que criam as civilizações. Vergonha da falta de respeito na cidade suja, fedida e malcuidada.

Vergonha das ruas esburacadas. Dos bueiros entupidos. Das ações completamente sem sentido que permearam a administração do poste, ao longo dos últimos anos.

Vergonha de voarem de helicóptero pagos por nós, enquanto o povo sofre parado nas ruas afuniladas por faixas de ônibus e ciclovias vazias.

Vergonha do ar estupidamente doutoral da alta cúpula da administração municipal que se vai, se Deus quiser, para nunca mais voltar.

Vergonha de São Paulo ter eleito uma administração pior do que a de Celso Pitta. Tão ruim que quase resgata o desastre de Luiza Erundina.

Mas, neste momento, acima de tudo, vergonha com a falta de respeito com os mortos. Mortos respeitados desde os egípcios até os comunistas.

Vergonha do estado em que estão os cemitérios paulistanos. Completamente abandonados, profanados, violados, com as ruas esburacadas, as valetas e canaletas para as águas pluviais quebradas, infiltrações nos túmulos, sujeira e a evidente ação dos ladrões nas marcas das placas e objetos arrancados.

Mas se as cenas de Finados, reforçando a dramática realidade urbana, fazem o paulistano sentir vergonha da cidade, o resultado das eleições, com mais 90% da população votando para tirar a atual administração municipal, enche o peito de orgulho. Parabéns cidadão! Pau em quem merece.

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