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Crônicas & Artigos

em 14/07/14

A cor dos ipês

por Antonio Penteado Mendonça

Eu sei que errei, que os ipês floridos são ipês roxos. Já me chamaram a atenção. Foi confusão mesmo. Confundi os ipês com os jacarandás. Aliás, mimoso deve florir daqui dois ou três meses. Outros jacarandás são rosas, os ipês são roxos.

Quer dizer, em termos. Afinal, existe o ipê rosa, só que o rosa dele é mais esmaecido do que o rosa dos ipês roxos.

Por que os ipês roxos costumam explodir flores mais próximas do rosa do que do roxo? Eis aí está a razão da crônica: qual a cor da maioria das flores dos ipês roxos que estão floridos na cidade?

A resposta é rosa. Alguns chegam de sola com um roxo mais intenso, mas a maioria é que nem os socialistas ricos brasileiros de alguns anos atrás: estavam mais para rosa do que para vermelho. Aliás, só enxergavam vermelho se alguém tentasse tirar um centímetro das terras urbanas ou rurais que possuíam.

Ser socialista é uma coisa, querer minhas terras, outra, completamente diferente e sem pé nem cabeça, que nem querer reforma agrária nas fazendas da Igreja.

Pois bem, os ipês roxos, na maioria das vezes, emplacam flores cor de rosa. Seus cachos densos e gordos balançam ao vento o mais puro rosa, como se, em vez de flores de ipê, estivessem carregados de rosas cor de rosa. Mas eles são ipês roxos. O ipê rosa é mais rosa, ou menos denso. Suas flores são mais claras, o tom da cor é mais fraco, mas nem por isso deixa de ser ipê, nem deixa de ser lindo. Só não é ipê roxo, é ipê rosa!

Rosa no nome, em São Paulo, quem carrega são os jacarandás, que, como os ipês, gostam de fazer graça e chegam muito mais pra roxo do que pra rosa. Enfim, nada que a natureza não explique, até quando nós não entendemos.

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