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Crônicas & Artigos

em 13/08/14

24 ônibus queimados

por Antonio Penteado Mendonça

Eu queria entender a lógica que fez alguns energúmenos queimarem 24 ônibus depois do vexame brasileiro. Ok, 7 a 1 é feio, mas não justifica destruir um bem que serve para melhorar a vida do povo.

Faz tempo que queimar ônibus virou programa de desocupado no Brasil inteiro. Não sei onde a moda começou, mas se espalhou rapidamente, com enorme sucesso até em cidades como Porto Alegre, tida, por alguma razão mal explicada, como a mais civilizada porque fica no sul do país.

Mas se é mesmo mais civilizada, quem sabe tenha se mirado no exemplo francês, onde faz tempo queimam dezenas de veículos todas as noites, nas periferias de Paris.

Voltando ao tema, o que leva alguém a colocar fogo num ônibus? Soltar balão está no imaginário popular. E, por mais estúpido que seja, não deixa de ter beleza, voando pelo céu noturno.

Colocar fogo em ônibus é tão ou mais estúpido do que atacar e destruir uma concessionária de veículos. É tão ou mais estúpido do que saquear uma loja no centro do Rio, levando o comerciante a ficar sem nada, obrigado à dispensa dos funcionários e até ao fechamento da loja.

Se é para fazer porque é macho, então vá de cara lavada, sem máscara, sem pintura, sem capacete que dificulte a identificação.

Fazer da forma como vem sendo feito é, antes de tudo, uma brutal estupidez, mas é também um ato de enorme covardia.

Se é para mostrar que é contra, assuma que é contra e que acha que a forma correta de ser contra é destruindo o patrimônio dos outros.

Patrimônio que serve, entre outras coisas, para levar e trazer o povo.

Já a polícia, essa tem que fazer a lição de casa e impedir que ações como essa aconteçam ou então levar os autores para a cadeia.

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