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Crônicas & Artigos

em 01/07/22

Um setor sólido

Originalmente publicado no jornal SindSeg SP.
por Antonio Penteado Mendonça

Marcio Coriolano, ex-presidente da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras) acaba de publicar um minucioso trabalho sobre o setor de seguros. Nele ele desce a detalhes interessantes que dão conta de uma atividade econômica sólida e que, mesmo com a crise, pandemia e outras mazelas que atingem o país, tem se saído bem, na comparação com outros setores empresariais.

O dado mais relevante é que, durante o período analisado, o faturamento do setor de seguros, expurgados os efeitos da inflação, cresceu três vezes, saltando de mais ou menos oitenta bilhões de reais para mais de duzentos e quarenta bilhões. É número para ninguém colocar defeito, especialmente se levarmos em conta a situação do Brasil e de sua economia ao longo desses anos.

Os números apresentados por Marcio Coriolano convergem para um retrato positivo da atividade seguradora, com um crescimento acima da média nacional, ainda que se tratando de uma atividade de suporte, ou seja, uma atividade que necessita de outras atividades para poder crescer.

A conclusão lógica para o crescimento do setor é que, apesar da crise, a sociedade brasileira necessita de proteção para seus ativos e a melhor maneira de se conseguir isso é através da contratação de seguros.

É verdade, nem todos os ramos de seguros estão tendo um desempenho expressivo. Alguns inclusive apresentam resultados medíocres, com impacto negativo em parte das seguradoras que operam neles.
2021 não foi um ano exuberante para a economia nacional, mas foi um ano em que a atividade seguradora, apesar de todos os percalços, conseguiu se sair bem, apresentando crescimento em relação ao faturado em 2020.

Neste ano o desenho se mantém. Entre mortos e feridos, o setor de seguros segue sua toada positiva, com números acima da média nacional.

Entre as razões para isso está a percepção de parte da população da importância de se ter proteção para o patrimônio, especialmente em momentos de agravação de risco, como é o caso do Brasil e do mundo, impactados por fatores como a pandemia, a guerra da Ucrânia, a inflação em alta e a quase certeza de uma recessão nas principais economias.

Ao ficarem confinados por causa da Covid19, milhares de brasileiros passaram a prestar atenção em suas casas e descobriram que a imensa maioria não tinha qualquer tipo de proteção para o caso de um incêndio ou outro acidente doméstico. O resultado é que houve o aumento da procura por seguros residenciais. E com o reaquecimento da economia, a mesma regra aumentou a busca por seguros para empresas, especialmente as médias e pequenas.

Neste cenário, é possível dizer que não há nenhuma seguradora mais expressiva com risco de inadimplência. Se acontecer, será um acidente isolado, com pouco impacto na atividade como um todo.

Há muito a ser feito e, para que o crescimento atinja patamares mais altos, é indispensável a retomada da economia, o que não deve acontecer imediatamente. Mas, no cenário atual, o setor de seguros está entre os mais pujantes e os mais sólidos do Brasil.

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