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Crônicas & Artigos

em 07/04/17

Sexto Encontro de Resseguro do Rio de Janeiro

Originalmente publicado no jornal SindSeg SP.
por Antonio Penteado Mendonça

Nesta semana aconteceu o Sexto Encontro de Resseguro do Rio de Janeiro. Uma realização da CNSeg (Confederação Nacional das Seguradoras), Escola Nacional de Seguros e Federação Nacional das Resseguradoras, o evento teve por objetivo analisar em profundidade a situação e as perspectivas do resseguro no país.

Vale lembrar que o evento aconteceu no décimo aniversário da Lei Complementar 126/07, que terminou o monopólio do resseguro, até aquela data exercido pelo IRB (Instituto de Resseguros do Brasil), atual IRB-Brasil Re, a maior resseguradora local em operação no país.

Nestes dez anos, o segmento se consolidou e se tornou tão atraente que mais de cem resseguradoras, entre locais, admitidas e eventuais, estão autorizadas a operar em resseguros no Brasil. É um número alto, que tende a cair em função da crise econômica e das margens muito baixas, decorrentes da queda continuada das taxas dos prêmios. Mesmo neste ano, para o qual se esperava uma recuperação, o setor continua deprimido, com as recentes renovações dos contratos mantendo a tendência de queda, tanto por causa da concorrência, como pelo excesso de dinheiro no mercado.

Grosso modo este o pano de fundo para as discussões do Encontro do Rio de Janeiro, que, em sua sexta edição, está consolidado como um evento importante na pauta da atividade seguradora nacional.

Ao longo do ano, o Brasil deve passar por mudanças importantes na vida da nação. Reforma da Previdência Social, reforma trabalhista, minirreforma tributária, mudanças nas regras eleitorais e na legislação partidária são temas que afetarão o futuro do setor de seguros brasileiro.

Com mais de 660 participantes, das mais importantes empresas envolvidas com o negócio, começando pelas próprias resseguradoras, passando pelas seguradoras para terminar em prestadores de serviços, como escritórios de advocacia especializados e peritos em riscos e sinistros, o Encontro permitiu uma ampla gama de contatos, aumentando e melhorando o nível de relações pessoais, com evidente impacto positivo no desempenho profissional dos participantes e, consequentemente, aumentando também a possibilidade de novos negócios para as respectivas empresas.

Um evento desta natureza tem dois vieses. O primeiro é ver e ser visto, ou seja, fazer contatos, mostrar que se está ativo, buscar novos desafios ou parcerias. Um universo de 600 pessoas reunidas num hotel durante dois dias é um público interessante, especialmente por se tratar de uma atividade de caráter restrito e que envolve, no seu dia a dia, relativamente pouca gente. Então, por este lado, o Encontro de Resseguro do Rio de Janeiro pode ser considerado um sucesso.

Já o segundo viés é a discussão dos temas que afetam o setor e que interessam tanto as resseguradoras, como as seguradoras e os corretores de resseguros. Começando pelos prêmios deprimidos, avançando pela análise de novos riscos potenciais, como é o caso do sinistro de Mariana, que coloca novos e imensos desafios nas mesas de contratação de resseguros e na aceitação de grandes riscos, para terminar nas mudanças climáticas, que, no ano passado, geraram prejuízos de mais de 170 bilhões de dólares, dos quais mais ou menos um terço estavam segurados, o Encontro proporcionou palco para todos os públicos.

Com palestras com temas como o futuro da economia brasileira se misturando com produtos de vida, a fragilidade da classe média, a evolução do risco cibernético e seu impacto para o seguro, Brexit, saúde, etc., o Encontro do Rio de Janeiro serviu um menu variado, composto pelos principais temas que afetam o setor de seguros atualmente.

A importância destes eventos é que, através deles, é possível se encontrar caminhos e soluções que na rotina diária podem passar desapercebidos. Além disso, a variedade dos temas abre espaço para a descoberta de novas realidades profissionais e o dimensionamento delas na vida das pessoas e das empresas.

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