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Crônicas & Artigos

em 10/07/15

Planos odontológicos

Originalmente publicado no jornal SindSeg SP.
por Antonio Penteado Mendonça

Os planos odontológicos são uma modalidade de plano de saúde privado. Sua função, como o nome diz, é garantir os procedimentos necessários para o segurado manter sua boca em ordem. E isso custa caro. Não só no Brasil, mas no mundo.

Por conta dos materiais, aparelhos e mão de obra especializada, não há como os tratamentos odontológicos, que vão muito além de simplesmente tratar cáries, custarem barato.

Na mesma vertente da medicina moderna, o custo com o tratamento da boca, incluídas arcadas, gengivas e dentes, sobe em patamares superiores ao da inflação média do país. A regra vale para todos os países e os preços praticados em alguns deles deixam os custos médios brasileiros bastante razoáveis.

O que não quer dizer que, para o cidadão brasileiro, com remuneração bem mais baixa do que os habitantes dos países mais ricos, os custos com os tratamentos odontológicos não tenham um peso muito alto no orçamento da família.

Colocar aparelho nos dentes é caro. Tratar canal é caro. Fazer um implante é caro. Fechar uma simples cárie custa caro.

Nada contra os dentistas serem remunerados de acordo com sua competência. Apenas, em termos sociais, o custo médio dos tratamentos dentários é salgado para as famílias brasileiras.
Os planos odontológicos são a solução para resolver o problema e oferecer para o cidadão comum a possibilidade de tratar sua boca com os recursos mais modernos e por um preço que ele pode suportar, sem comprometer o orçamento familiar.

E é exatamente isso o que eles têm feito. Ao longo dos últimos anos, a procura por eles cresceu bastante. Inclusive empresas que já davam para os funcionários planos de saúde privados passaram a dar também planos odontológicos.

A medida faz todo o sentido. Dor de dente é algo desesperador. Um funcionário com dor de dente não vai render o que deveria em situação normal. Assim, tratar o dente que dói é medida de humanidade com o funcionário e é medida com repercussão econômica no dia a dia da empresa.

Existem diferentes tipos de planos odontológicos. Uns mais, outros menos abrangentes, com ou sem carências, redes credenciadas, etc.

As operadoras podem, dentro dos limites da lei, desenhar produtos para públicos específicos, com mais ou menos capacidade de pagar.

Assim, dadas as tipicidades de cada produto, é difícil compará-los para dizer qual o melhor. O melhor será sempre aquele que lhe atende com o máximo de eficiência dentro da sua capacidade de custeio.

O fato concreto é que, graças a ele, a boca do brasileiro tem melhorado significativamente de qualidade. Não são apenas os mais abastados que colocam aparelhos nos próprios dentes ou nos filhos.

A democratização do atendimento bucal é uma conquista importante da sociedade brasileira e ela só está ocorrendo em função da demanda pelos planos odontológicos.

Da mesma forma que os planos de saúde privados são os grandes responsáveis pelo crescimento dos hospitais brasileiros, entre eles organizações de ponta como o Einstein, o Sírio-Libanês e o Oswaldo Cruz, os planos odontológicos são responsáveis pelo aumento da capacidade de atendimento dos dentistas e clínicas dentárias, garantindo o pagamento dos tratamentos inclusive de pessoas que não poderiam suportá-los, se não tivessem um plano dental.

Saúde é coisa muito séria e dentro dela, a saúde da boca está entre as mais sérias. Os problemas decorrentes de dentição falha, articulação desequilibrada, gengivas doentes podem causar danos irreversíveis a uma pessoa.
É por isso que o rápido crescimento dos planos odontológicos deve ser saudado não como uma aposta vitoriosa das operadoras de planos de saúde privados, mas, antes de tudo, como uma vitória da sociedade brasileira. Mais uma vez, a iniciativa privada não somente complementa o atendimento do SUS, mas vai muito além e garante ao cidadão médio um atendimento de qualidade, por um preço que ele pode suportar.

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