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Crônicas & Artigos

em 06/10/23

O setor antenado

Originalmente publicado no jornal SindSeg SP.
por Antonio Penteado Mendonça

O setor de seguros tem tido um desempenho acima da média nacional. Mesmo nos anos recentes, a atividade cresceu em patamares importantes, ainda mais na comparação com os demais setores econômicos. Na base estão dois fatores: a demanda por seguros e a oferta de produtos mais modernos, desenvolvidos pelas seguradoras. Além disso, vale ressaltar a ação dos corretores de seguros, o principal canal de distribuição do mercado, que vão se modernizando e se profissionalizando para conseguir o máximo de eficiência na distribuição das apólices.

Este ano não será diferente. Ao contrário, o crescimento do mercado deve se aproximar de 9%, muito acima do crescimento da economia nacional, previsto para se situar na casa dos 3%.

O Brasil volta a ser uma das dez maiores economias do mundo, mas está colocado num modesto décimo oitavo lugar entre as nações que mais contratam seguros. Tem quem vai dizer que é ruim, mas tem quem vai ver as oportunidades deste quadro. O mundo anda para frente e não ter até agora quer dizer que é possível ter amanhã. Ou seja, o mercado tem enorme potencial de crescimento.

Mais ou menos 20% da frota de veículos é segurada. A imensa maioria das residências não tem seguro de nenhuma espécie. A maioria das empresas não tem seguros ou, se os tem, são insuficientes ou mal contratados. O grosso das operações de transporte não é segurada. A maioria da população não tem seguro de vida e acidentes pessoais. Os planos de saúde privados atendem 50 milhões de pessoas e os de previdência complementar aberta têm 15 milhões de investidores.

Diante dos números do país, há um universo para ser trabalhado, ficando apenas nos seguros tradicionais. Se esses números crescerem 10%, o faturamento da atividade salta bastante e se somarmos a eles os novos produtos, como seguros para o agronegócio ou para garantia das obras de infraestrutura, salta ainda mais, com possibilidade de dobrar o faturamento do setor em poucos anos.

Por conta disso, a atividade está aquecida e o sucesso da FIDES (Conferência Hemisférica de Seguros), acontecida no Rio de Janeiro, e do CONEC (Congresso dos Corretores de Seguros de São Paulo), em plena realização em São Paulo, são a prova de que ninguém está dormindo de touca, ao contrário, a hora é de acelerar fundo e aproveitar a onda para se aperfeiçoar, adquirir tecnologia e conquistar novos negócios.

O CONEC recebe um público perto de dez mil pessoas e a FIDES recebeu mais de duas mil. Dadas as características dos dois eventos, pode-se dizer que são os melhores resultados da história. De outro lado, a maior seguradora brasileira deve fechar o ano ultrapassando a casa dos cem bilhões de reais de faturamento. É número para ninguém colocar defeito e que deve sinalizar a elevação das reservas técnicas do mercado para algo próximo de dois trilhões de reais, consolidando o setor como o maior financiador do Governo Federal.

Se para baixo todo santo ajuda, o mercado segurador está antenado e aproveitando a hora para se consolidar, crescer e oferecer cada vez mais proteção para a sociedade brasileira. Os desafios são imensos, mas, com profissionalismo e competência, com certeza serão vencidos, dando ao Brasil a proteção social que ele merece.

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