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Crônicas & Artigos

em 13/05/16

O seguro na sociedade brasileira

Originalmente publicado no jornal SindSeg SP.
por Antonio Penteado Mendonça

A Fundação Mapfre acaba de lançar, com apoio da ANSP (Academia Nacional de Seguros e Previdência), um importante trabalho a respeito do setor de seguros no Brasil. Além dos números diretamente decorrentes da atividade, o estudo mostra também os impactos e as consequências do setor na sociedade e isso faz dele importante ferramenta para quem se interessa ou trabalha com o assunto.

Faz pouco tempo, escrevi um artigo mostrando a importância da ANSP para o setor, por isso, deixo de explicar quem é e o que faz a Academia, para centralizar as explicações de quem é quem na Fundação Mapfre. A primeira vez que tive contato com a Fundação foi no ano de 1992, quando do lançamento no Brasil de uma impressionante coleção sobre os 500 anos do descobrimento da América. Poucas vezes na vida vi uma obra tão completa e abrangente.

Daí para frente, fui cruzando com ela em diferentes tipos de eventos e ações, diretamente ligadas ao universo do seguro, ou não, como foi o caso da maravilhosa coleção sobre história do Brasil, recentemente editada.

A Fundação Mapfre tem sede na Espanha e está presente em dezenas de países, atuando em várias áreas, além do setor de seguros.

“O Seguro na Sociedade Brasileira” segue o padrão de qualidade normal nos trabalhos patrocinados e desenvolvidos por ela. Sem ser muito grande em número de páginas, é denso em termos de conteúdo. Ou seja, é um livro feito para ser usado no mundo real, com informações e considerações sobre o mundo real, estruturadas para facilitar a vida de quem lida com o mundo real.

O subtítulo da obra, “Avaliação socioeconômica”, aponta os rumos e as conclusões, que, aliás, se mostram francamente favoráveis ao setor. Além disso, não há como não ficar otimista, mesmo com o país passando a sua mais grave crise, com os resultados apresentados.

De um lado, o estudo ressalta a importância do seguro na vida das famílias brasileiras, e de outro, mostra o muito que ainda tem para ser feito, notadamente nos seguros empresariais. Se as famílias estão relativamente bem protegidas pelos seguros de vida e planos de saúde privados, as empresas médias e pequenas estão longe de estarem em patamar confortável para sua segurança.

Mas o trabalho mostra muito mais. Mostra o impacto da existência do seguro como fator gerador de mão de obra. Entre postos de trabalho direta e indiretamente gerados por ele temos 3 milhões os empregos, ou 5,2% da mão de obra nacional.

E no campo da arrecadação pública, entre todos os envolvidos, o Governo recebeu 39,7 bilhões de reais no ano de 2014.

Se pensarmos que atualmente o seguro cobre apenas 25% da frota de veículos, que a maioria das empresas não está segurada, que o seguro de vida e os planos de saúde podem crescer bastante, o estudo, além de fazer bem ao ego dos integrantes do setor, aponta soluções importantes para o planejamento futuro da atividade, em nível macro e micro, ou seja, é também uma ferramenta útil para seguradores e corretores de seguros aprimorarem suas ações.

Não menos importante, “O Seguro na Sociedade Brasileira” abre para os economistas, formuladores de políticas públicas e demais estudiosos da sociedade um universo muito pouco conhecido até por quem milita na área. Com base nele, será possível quantificar e planejar uma série de ações fundamentais para o financiamento e a proteção das obras de infraestrutura, tão necessárias à retomada do crescimento e geração de riquezas.

Finalmente, gostaria de agradecer aos responsáveis por este trabalho o bem que eles me fizeram. Mostrando o impacto socioeconômico do setor de seguros na sociedade brasileira, eles me fizeram me sentir melhor, tanto pela certeza de trabalhar numa atividade socialmente importante e engrandecedora, como pelo orgulho de participar de uma atividade que, além de proteger o patrimônio nacional, gera empregos, poupança e impostos, em níveis bem acima dos imaginados.

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