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Crônicas & Artigos

em 23/12/15

Férias protegidas

Originalmente publicado no jornal SindSeg SP.
por Antonio Penteado Mendonça

Nas férias aumenta o número de acidentes de todos os tipos. Como nas férias as pessoas relaxam, soltam o corpo, decidem fazer o que não sabem, bebem uma cervejinha a mais, é lógico que a consequência seja o aumento do número de acidentes pessoais. Mas não só apenas eles. Os acidentes de trânsito também aumentam, especialmente nas rodovias. E aumentam os casos de roubos e furtos de residências, bem como os assaltos nas esquinas das cidades e praias onde as pessoas vão passar suas férias de verão.

Como diz o ditado, “chora menos quem pode mais” e, nesta época, quem pode mais são os assaltantes de beira de estrada, que ficam na espera, aguardando o congestionamento parar o tráfego para, calmamente, escolherem suas vítimas entre as centenas de pessoas paradas dentro de seus automóveis. O resultado são assaltos e arrastões aumentando a estatística negativa das férias de verão, além de traumatizar as pobres vítimas dos assaltos muitas vezes violentos nas estradas paradas.

Mas não é só ao longo das rodovias que os bandidos agem. Nas cidades, onde as casas ficam fechadas em função da viagem da família, também aumenta o número de assaltos a residências. Fenômeno que se repete nas cidades de turismo, para onde as pessoas vão e se instalam em casas alugadas para a temporada, que também são um forte atrativo para os assaltantes do pedaço.

Para não falar no prato cheio das pessoas andando distraídas nas praias, calçadas e calçadões. A quantidade de celulares, óculos, tênis, pulseiras, colares e correntinhas que são furtados e roubados é impressionante. Mas é férias, por que esquentar a cabeça? Meia hora de mau humor, um pouco de choro e vamos em frente, que a vida não para e nas férias todos têm que aproveitar a vida com o máximo de intensidade.

O resultado desta animação é centenas de pessoas se atirarem de cabeça em situações que não dominam. O aumento da procura por esportes radicais é expressivo. A quantidade de gente disposta a fazer o que nunca fez antes, como rapel, asa delta, paraquedismo, esqui aquático, etc. faz a alegria de quem vive disto e espera o ano inteiro para o verão chegar de novo e os turistas pagarem caro para se meterem em aventuras que muitas vezes acabam nos hospitais e prontos-socorros da região.

Tudo bem, é assim mesmo. Todo mundo sabe que o verão cobra seu preço em número de vítimas de todos os tipos, em função de acidentes de todas as naturezas. Mas as pessoas nunca acham que pode acontecer com elas. Acidentes foram feitos para atingir quem eu não conheço, ou o vizinho que acha que sabe, mas não sabe e se dá mal fazendo o que não sabe.

Nada disso diminui a animação das pessoas. As férias estão aí para serem curtidas. E é isso que todo mundo faz. Vamos em frente porque atrás vem gente e a hora da diversão é agora, ao longo do verão, no começo do ano, para carregar as baterias e dar forças para suportar o que vem depois.

As seguradoras sabem que é assim e que, por conta disso, nos meses de verão há um aumento da sinistralidade das carteiras que garantem danos decorrentes dos eventos que aumentam de intensidade nessas férias.

Tanto faz. Os funcionários, dirigentes, profissionais e colaboradores do setor de seguros são humanos e têm as mesmas aporrinhações, medos e incertezas das outras pessoas. Então eles também entram de cabeça na festa do sol e se soltam, felizes da vida, junto com milhões de brasileiros, que viajam nas férias para curtir seus momentos de hipotética paz, tranquilidade e bem aventurança. Felizes os que acreditam nisso! Deles são os dias de sol. Isto posto, boas férias para todo mundo! E, lembre-se, uma apólice de seguro pode ser de grande ajuda em algum momento desta história.

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