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Crônicas & Artigos

em 27/10/23

FENAPREVI apresenta pesquisa inédita

Originalmente publicado no jornal SindSeg SP.
por Antonio Penteado Mendonça

No dia 26 de outubro a FENAPREVI (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida) realizou um evento para apresentar os resultados de uma extensa e profunda pesquisa realizada pelo “Datafolha” sobre “A necessidade de proteção e planejamento: o papel do seguro e da previdência.”

O tema é de fundamental relevância para o país e sua população. Entre as características mais marcantes do brasileiro está a falta de preocupação com o futuro e todas as suas consequências, como desinteresse pelo planejamento da própria vida, falta de noção de poupança, falta de solidariedade social e mais uma série de “faltas”, que fazem com que grande parte da população acorde de manhã cedo preocupada em cobrir as despesas feitas ontem e começar o dia podendo dever um pouco mais.

O brasileiro não está preocupado com o preço. O que o preocupa é se o valor da mensalidade de mais um carnê cabe no total para gastar no mês. Como invariavelmente o valor da dívida permanece constante e nem sempre o faturamento segue a mesma regra, não é raro a conta não fechar e a dívida crescer e crescer de novo, até se transformar numa bola de neve que custa mais caro do que ele pode pagar, obrigando-o a contrair novos empréstimos para fazer frente ao “buraco”, que segue crescendo até o cidadão estar completamente encalacrado e acabar na lista dos devedores inadimplentes, como acontece regularmente com milhões de brasileiros que vão para as listas de nomes sujos e que não têm condição de sair dela sem uma renegociação do passivo.

Além deste quadro que faz parte do cotidiano nacional, há outro aspecto que não chama tanto a atenção, mas que tem efeitos devastadores na vida de uma família. O que acontece com os dependentes de alguém que morre, ou mais grave, fica inválido e não consegue mais prover o sustento do grupo? A situação é muito mais comum e mais grave do que parece. Nem sempre a verba paga pela previdência social é suficiente para fazer frente aos custos da vida da família, na falta de seu arrimo. E a maioria dos arrimos não costuma contratar qualquer outra forma de proteção econômica para garantir a existência da família – com o mínimo necessário garantido – pelo menos durante o período necessário para se readequar ao mundo.

Apenas 15% dos brasileiros têm seguro de vida. Da mesma forma que apenas 15 milhões têm planos de previdência complementar. E a situação se repete com os planos de saúde privados, onde só 50 milhões de beneficiários são cobertos por eles.

No entanto mais grave do que o baixo número de “protegidos” por alguma forma de proteção securitária é o fato de a maioria dos seguros de vida e planos de saúde privados serem dados pelas empresas para seus colaboradores. Neste cenário não é necessária nem a morte, nem a invalidez permanente, basta a perda do emprego para em pouco tempo haver o fim do benefício e suas decorrências.

O dado bom é que a pesquisa mostra também que há luz no fim do túnel. Entendendo para que serve e como funciona o sistema boa parte dos entrevistados demonstrou interesse nos produtos e em adquiri-los.
O caminho para mudar a realidade é longo e difícil, mas com certeza não é impossível. Será preciso muito trabalho, ensino, formação pessoal e profissional, mas no final o país pode ter um quadro social muito melhor.

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