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Crônicas & Artigos

em 13/12/13

Balanço de final de ano

Originalmente publicado no jornal Sindseg SP
por Antonio Penteado Mendonça

O ano ainda não terminou, mas o almoço de confraternização do Sindicato das Seguradoras e do Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado de São Paulo, no último dia 12, é um bom gancho para fazer um balanço do que aconteceu no setor de seguros ao longo de 2013.

A primeira constatação importante é que o setor amadureceu. As relações entre todos os envolvidos estão mais harmoniosas e isso é bom para o desenvolvimento futuro da atividade. Com menos diferenças, diminuem os problemas, azeitando convenientemente as engrenagens que fazem com que o setor de seguros seja um dos que mais cresce na economia brasileira.

De acordo com dados da SUSEP, atualmente existem mais ou menos 300 organizações registradas como seguradoras e resseguradoras autorizadas a operar no Brasil. É número para ninguém colocar defeito, ainda mais se lembrarmos que a abertura do resseguro aconteceu em 2007 e atualmente mais de 100 resseguradoras estão operando no mercado nacional.

Ao longo do ano aconteceram três eventos importantes. O Congresso Nacional dos Corretores de Seguros, a Conseguro e o Seminário Internacional da ABGR. Cada um representando um dos lados do negócio, os três foram um sucesso. Corretores de seguros, seguradores e segurados podem se sentir orgulhosos com os eventos organizados por eles. Tanto pela expressiva participação, como pelos temas e resultados alcançados.

Aos dois projetos de Lei Geral de Seguros veio se juntar um terceiro, agora no Senado Federal. A iniciativa deve ser vista como positiva, já que, se é para discutir uma lei para regular a operação e as relações de seguros e resseguros, que a discussão seja a mais ampla e abrangente possível.

A CNseg mudou de diretoria. As eleições trouxeram para sua presidência Marco Antonio Rossi, presidente da Bradesco Seguros e um dos mais conceituados executivos da atividade. É uma mudança interessante, uma vez que seu estilo é completamente diferente do de seu antecessor, e que pode significar uma visão mais contextualizada das necessidades do setor.

As discussões sobre comercialização estiveram presentes durante todo o ano e devem se estender ao longo de 2014. Nem poderia ser diferente, já que há uma série de mudanças acontecendo na forma das pessoas e empresas se comunicarem.

Em algum momento elas terão um impacto mais forte no setor de seguros, da mesma forma que está acontecendo na Europa e nos Estados Unidos. A consolidação da internet e das redes sociais é uma realidade com impacto brutal nas formas de interação conhecidas e aplicadas até recentemente.

Com ela, o contato pessoal, a conversa, o telefone dão lugar aos textos sucintos, as fotos, a abertura da vida individual e a perda da privacidade.

Os avanços tecnológicos vão mais longe e a medicina, os equipamentos e exames e as novas drogas desencadearam uma revolução impressionante no conhecimento do ser humano e nas formas de tratamento de uma série de doenças.

Os riscos patrimoniais estão mudando de patamar. Os eventos climáticos estão mudando de patamar. As responsabilidades estão mudando de patamar. São mudanças que afetam o setor de seguros com um peso muito forte, porque as indenizações também mudam de patamar.

A nova realidade tem provocado discussões sobre as novas demandas e isso tem repercutido no campo da formação e do ensino profissional.

Mais do que nunca, o setor de seguros necessita mão de obra qualificada e apta a operar no novo cenário. O mercado brasileiro tem conseguido oferecer o treinamento indispensável para isso, com cursos de todos os níveis sendo criados e aprimorados quase que diariamente para atender o mercado.

Como se vê, entre mortos e feridos, 2013 entra para a história como um ano de discussões proveitosas, amadurecimento e preparação para os desafios do futuro. Em outras palavras, foi um ano bom.

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