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Crônicas & Artigos

em 04/12/20

A eleição de Joe Biden e o seguro

Originalmente publicado no jornal SindSeg SP.
por Antonio Penteado Mendonça

A eleição norte-americana representa uma virada de cento e oitenta graus nos destinos do planeta. Com Joe Biden na presidência da maior potência da história, os Estados Unidos devem retornar ao seu papel de garantidor da ordem internacional e deixar de lado a beligerância da era Trump, substituindo-a por uma diplomacia pragmática, destinada a aparar as arestas que o mundo enfrenta e que nos últimos anos reduziram as relações multilaterais e enfraqueceram organismos e acordos importantes para a estabilidade do planeta.

O novo cenário já está trazendo consequências positivas e, a partir do próximo ano, com a presidência em mãos mais competentes, a presença norte-americana deve voltar a se acentuar nos organismos internacionais, como a Organização Mundial da Saúde.

No campo político, a vitória da democracia liberal sobre as tendências autoritárias abre espaço para que a ordem internacional volte a usufruir das vantagens de decisões negociadas em lugar de imposições demagógicas, que serviram apenas para desestruturar os acordos vigentes, comprometendo as ações necessárias para combater o aquecimento global, o protecionismo empresarial, a falta de confiança recíproca e tudo de negativo que atingiu o mundo nos últimos quatro anos.

A mudança não acontecerá em poucos meses, nem vai atender aos melhores anseios dos idealistas que sonham com um mundo baseado na justiça social, na repartição das riquezas e no desenvolvimento equilibrado das nações.

As disputas continuarão vivas. A briga pela hegemonia na banda 5G não vai acabar do dia para a noite. As relações comerciais continuarão levando em conta o protecionismo de mercados atendidos por produtores menos eficientes. Questões pontuais serão apresentadas como sendo essenciais. A mentira e a distorção dos fatos continuarão pautando temas sensíveis. E a falta de líderes competentes à frente das principias economias seguirá retardando soluções multilaterais que seriam vantajosas para todos.

De outro lado, a economia é movida mais por expectativas do que pelos fatos e, como estas são positivas, as engrenagens começam a se acelerar, aquecendo inicialmente as bolsas de valores e mercadorias, para depois se espalharem por toda a cadeia produtiva, aumentando as relações comerciais entre os países.

Mais relações comerciais significa mais trocas entre as nações, mais negócios, mais importações e exportações, mais produção e geração de postos de trabalho em praticamente todos os setores econômicos.

Isto tudo quer dizer mais seguros. Mais seguros patrimoniais, de linhas financeiras e de pessoas. O aquecimento da economia demanda proteção para o parque produtivo, para os negócios, o transporte, o armazenamento e o financiamento das mais variadas transações.

Economia aquecida significa sociedades mais bem atendidas, mais capacidade de investimentos sociais, obras de infraestrutura e geração de riqueza. Significa, portanto, mais recursos para o cidadão comprar proteção para si, sua família e seu negócio. E isto é feito através da compra dos seguros destinados a atender suas necessidades.

Nos próximos anos, as relações internacionais devem voltar ao centro do debate. E as soluções conjuntas para os diferentes problemas devem fomentar o processo de globalização, freado pelas ações protecionistas norte-americanas e, mais severamente, pela pandemia do coronavírus.

Atualmente, o mundo se vê frente a novos desafios, todos capazes de causar danos de monta na economia e no equilíbrio social. A longevidade, novas pandemias, eventos de origem climática, riscos cibernéticos e as profundas mudanças sociais e comportamentais colocam na mesa riscos inéditos e com potencial devastador para governos, empresas e pessoas.

Cabe ao setor de seguros se antecipar e providencias os estudos indispensáveis para apresentar as melhores soluções de proteção para as diferentes sociedades e situações. A eleição norte-americana é o gancho para o processo decolar.

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