Penteado Mendonça Advocacia

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Crônicas & Artigos

em 18/09/15

600 artigos

Originalmente publicado no jornal SindSeg SP.
por Antonio Penteado Mendonça

Não é toda parceria que chega ao expressivo número de 600 artigos, como estamos alcançando hoje, o Sindicato da Seguradoras de São Paulo e eu. Ao longo destes anos, abordei temas os mais variados, buscando descomplicar assuntos nem sempre fáceis de serem abordados, quanto mais de serem descomplicados. Também entrei de cabeça em matérias nem sempre pacíficas. Da mesma forma que escrevi sobre o óbvio, porque naquele momento óbvio era o tema a ser tratado.

Uma parceria de mais de 11 anos só pode ser construída em cima de confiança. De lado a lado. Não adianta eu confiar e meu parceiro, não. E vice-versa. Cada um é cada um, não é preciso haver convergência constante sobre os pontos de vista, mas é indispensável os dois lados se conhecerem, se respeitarem e, acima de tudo, ainda mais numa publicação setorial como é o site e o jornal do Sindeseg/SP, confiarem um no outro.

Esta confiança se reflete no fato de eu jamais ter tido um artigo censurado em função do tema não agradar a gregos ou troianos. Nunca aconteceu de alguém do sindicato me contatar pedindo que amolecesse ou deixasse de lado um tema eventualmente inconveniente. Que não tivesse uma posição mais ou menos crítica sobre determinado fato ou acontecimento. Que poupasse o governo ou as autoridades específicas do setor, caso julgasse pertinente alguma crítica, em função de desdobramento sobre o desenvolvimento da atividade seguradora.

Nestes mais de 11 anos escrevendo semanalmente um artigo para o site ou para o jornal do Sindicato tive o privilégio de ver o setor de seguros se desenvolver rapidamente, e, mais importante, vi seguradoras e corretores se desdobrarem para atender parte significativa das necessidades de proteção da sociedade brasileira.

Em casos concretos, vi o seguro ser o diferencial no acidente da estação do Metrô em São Paulo. Vi indenizações de acidentes aeronáuticos serem rapidamente pagas, vi casos de responsabilidade civil profissional serem solucionados com base na mais absoluta boa-fé. Enfim, vi um setor sério se consolidar como importante ferramenta de proteção para a sociedade brasileira. Para não falar nos milhões de atendimentos e pagamentos que são feitos sem barulho, na rotina da atividade.

Estes e outros temas foram regularmente tratados pela coluna. Da mesma forma que não me furtei de abordar assuntos eventualmente mais polêmicos, como o microsseguro ou as profundas mudanças porque passou o DPVAT.

Também entrei no terreno delicado do relacionamento entre seguradoras e corretores e nas modificações que devem acontecer nos próximos anos, especialmente no que diz respeito aos canais de distribuição de seguros. Internet, agentes, venda direta, redes varejistas, agências bancárias foram expostas com seus lados positivos e negativos, não para tomar partido, mas para mostrar um quadro que demanda reflexão e maturidade para ser abordado da forma mais útil para a sociedade.

Uma coluna em publicação setorial é sempre assunto delicado e envolve cuidados tanto do autor do texto, como do editor. É isto que eu me orgulho de vir mantendo ao longo de uma parceria que gerou, até agora, 600 artigos abordando exclusivamente o setor de seguros.

Vale lembrar que o setor de seguros engloba também previdência complementar aberta, planos de saúde privados e capitalização. Estas atividades foram alvo de artigos específicos, que foram da explicação da razão de ser de cada uma, a pontos sensíveis que por uma razão ou outra necessitavam ser melhor esclarecidos.

Também as marés a favor e contra da economia nacional foram tratadas com a seriedade que o assunto requer, principalmente pelas possíveis consequências negativas para alguns dos players do setor. Por exemplo, é o caso do momento atual, onde o país se atolou numa grave crise econômica e numa mais grave crise política, ambas pioradas pela quebra dos padrões morais da nação. Em mais de um artigo publicado no site eu critiquei, ou alertei, ou mostrei as possíveis consequências destes quadros negativos para o futuro do setor.

Confesso que chego neste artigo número 600 de consciência tranquila pela certeza de ter dado o melhor de mim. Agora, é tocar em frente. Sexta-feira que vem tem artigo novo. Até lá e muito obrigado pelo apoio e compreensão de vocês.

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